Monday, May 22, 2006

JAIRO PRESIDENTE!

Friday, May 12, 2006

eu faço porque é divertido

Onde ver a manifestação ativa do clown agora? Cadê essa força, essa irrupção desse devir-louco, cadê a quebra, a reversão, a potência do avesso?
Falando com Estevan:
Ver Ratinho, Hermes e Renato, Pânico na TV.
Comunicação de massa - TV - como fala Leo Bassi.
Onde atuar, onde estar, onde estar o palhaço?
No teatro, palhaço incorporado como figura de incrementação do evento cênico, mas que não perde sua potência disruptiva (foi domesticado?)...
o que eu quero é essa mudança, a reversão. não sei ainda a palavra... quero isso que arrebenta ocm a linha, que traz tudo para outro lugar, que faz as coisas serem outras; a diferenciação absoluta... não é mais no plano da mudança na extensão; mas arrebenta a linha da extensão.
eu acredito nisso; eu quero ver isso.
No congresso central, na polítca: onde está? cadaê a intervenção? e pensar ocndições de possibilidade dessa manifestação;
mas também o palhaço talvez não esteja só na política instituição; tem outras manifestações pela vida, de acordo com nossas prisõe smentais que eles debocham.
Pânico: a celebridade vista como a nova nobreza, pois ser celebridade hoje é a única garantia de que você será bem tratado por todos em qualquer lugar que vc vá. é o que garante, por isso todo mundo quer ser celebridade; como eram os nobres no passado. o Pânico vai desestruturar justamente essa construção;
O Ratinho e Hermes e Renato tenho ainda que ver.
Jairo Presidente seria a manifestação disso na política.
Deboches... onde estão?
e o único compromisso é: não vamos mudar o mundo, mas pelo menos vamos fazer ele mais divertido.
Leo Bassi: "Eu não faço isso porque quero mudar o mundo, eu faço isso porque é divertido".

Monday, May 08, 2006

Em primeiro lugar, o palhaço não é um animador de festa infantil, embora ele possa também fazer isso. Um palhaço pode fazer tudo: a questão não é o que ele pode fazer, e sim COMO ele pode fazer aquilo que já é feito. Como, comer, comida, comendo, como pode um peixe vivo.

Em segundo lugar o palhaço é um ser afetivo no sentido de suas emoções estarem à flor da pele, em conexão – ele não é autista, ele sente e manifesta isso de forma exagerada por vezes - o que cria uma estranha impressão de que ele é todo amor; mas ser amoroso não tem nada a ver com suprir a demanda afetiva ou de atenção do outro;

Em terceiro, cuidado e escuta são estados de percepção do palhaço que não necessariamente precisam se converter em manifestações de amor. Estar em escuta e manifestar um ato é ligado a impulsos internos específicos que nem sempre levarão a uma manifestação de afeto; e há que cuidar isso nos palhaços, pois para manipular a aceitação e o olhar do outro muitas vezes é fácil cair na emoção barata (vendida para a demanda afetiva do outro). Estar junto e ser cúmplice não significa agradar.

Sunday, May 07, 2006

Gusmão e comendador em frente ao João Evangelista

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Não sonho com orquídeas na janela e nem chocolates na cabeceira ao amanhecer e bilhetes e amor.
Sonho em acordar e dormir assistindo um palhaço se mexendo e babando.

Assim eu fico,
assim eu sou,
assim eu deixo ser em paz.

sou a menina que inventou ser palhaça e agora que tudo lhe foge ainda existe a atração irreflexível para além daquilo que ela controla. os palhaços estão por perto, eles me observam e percebem o quanto eu gosto de olhar para eles. eles viram palhaços na minha frente só porque eu os amo assim e gostaria genuinamente que toda a humanidade pudesse desfrutar nem que fosse por um segundo do mesmo estado que eu desfruto quando vejo-os.
lá, os palhaços que o são, que traz dentro do olho aquilo que é tão.
eu sempre penso que palhaços tem um pau enorme e isso não tem nada a ver com fantasia sexual seu pervertido. palhaço tem pau grande porque estão no lugar dos mais livres,
até as mulheres palhaças quando não idiotas tem pau grande.
E pau não tem nada a ver com ser homem.
apesar de quem a maioria dos palhaços é bem homem e trepa bem.

Quieto, muito quieto é que a gente chama o amor: assim como em quieto as coisas chamam a gente (G.Rosa)

Então a minha irmã estava namorando em casa e eu estava sendo sugada pela bolha de amor em que os dois viviam. não aguentando ser parte ao mesmo tempo descolada, saí de casa com meu cão labrador preto, de bicicleta, e pedalei sem parar durante 13 km até a cachoeira mais próxima. mesmo sendo frio e a água queimar a pele, fiquei horas tomando banho lá, sozinha, nua, deixando a água escorrer por meus cabelos e levar embora toda a dor de um amor abandonado. então meu cachorro me olhou e percebi que ele tinha carrapatos por todo o pescoço. com os pés ainda mergulhados na água gelada, comecei a retirá-los um a um enquanto os peixes formavam cardumes para comer os carrapatos atirados na água. minhas pernas doíam de andar rápido atravessando o campo cheio de vacas com bezerros recém nascidos (é preciso ser rápido para que elas não te persigam). o cão olhou para o céu e percebi que talvez alguém pudesse estar vindo. temendo encontrar outros seres humanos, subi na bicicleta e pedalei de volta os 13 km, bem devagar, olhando cada trecho da paisagem: sem pessoas, sem carros, sem casas.

Monday, May 01, 2006

Pensando MUITO na questão de ser profissional do teatro palhaço e ser PALHAÇO, ASSIM COM MAIÚSCULA PARA DAR MAIS EMOÇÃO.
É diferente, eu digo, é diferente de um jeito tão diferente que...
Deixa prá lá.
Não, não deixa.
Segue lá, anda mais um pouco, vai com convicção;
Sim, eu vou.
então eu dou um pulo ninja, saio de lado da conversa, cato um copinho de água no chão e jogo na cara. tô pronta. pode falar.
desembucha mêu!
LIBERDADE.