Monday, June 19, 2006

wuthering heights



O melhor é o que se faz com isso numa cena:
Dinheiro Grátis...
Vá lá!
Não precisa ser de susto nem de exaustão. É do encontro. De risada ou de choro. Ofegante e aberto, mesmo de nariz entupido.
Vai de novo.
Onde é que mostra esse aberto?
As vezes fico em silêncio um tempão. Fudeu, penso. Então como que num susto invento algo para dizer, ali onde a linha do tempo do silêncio ficou esgarçada na comunicação. Mais um pouquinho passa o limiar e se perde. Se perde a relação.
Foge nesse tempo de não-responder. Puxar o outro para ti. Todo o tempo, então você dá a linha para mais longe conforme a intimidade; ou não, ou vai sustentando a linha na palavra. Nem sempre na conversa. As vezes no timbre.
Porque quantas vezes só de olhar nos olhos de alguém tive tanta vontade de chorar; e aquela sensação bizarra de ser sensível e idiota ao mesmo tempo porque as coisas nunca tinham razão justificável para acontecer.
Mas é aí que elas estão embora a gente nunca tenha certeza. Essa fantasia que tu pode optar por reservar só para ti, mas que é justamente o que o clown não faz. Ele bota no outro fodendo-se se é plausível ou não.
Jógo mesmo. Na insustentável leveza do ser. Por mais chavão que seja. E eu até poderia comentar, mas agora não vou. Chega de tanta explicação.