Sunday, August 20, 2006

DURAO, Fabio. As artes em nó. Alea. [online]. 2003, vol. 5, no. 1 [cited 2006-08-20], pp. 47-60. Available from: . ISSN 1517-106X. doi: 10.1590/S1517-106X2003000100004.

Adorno

Adorno expressa o caráter enigmático da arte de forma contundente na Teoria estética. Discutindo o antiquado conceito do belo natural, escreve: "A arte não imita a natureza, nem mesmo exemplares do belo natural (einzelnes Naturschönes), mas, de fato, o belo natural em si. Isto nomeia, para além da aporia do belo natural, a aporia da estética como um todo: Seu objeto se determina como indeterminável, negativo. Por isso a arte precisa da filosofia, que a interpreta para dizer o que ela não é capaz de dizer, enquanto que isso, no fundo, só pode ser dito pela arte ao não dizê-lo (Adorno, T. W. Ästhetische theorie. Op. cit.: 113).

Stein, Gertrude. The ma-king of Americans. New York: Harcourt, Brace & Co., 1934: 211.

Estou escrevendo para mim e para estranhos. Esta é a única forma que posso fazer isso. Todo mundo é real para mim, todo mundo é como uma outra pessoa para mim. Ninguém que conheço pode querer saber disso e então escrevo para mim e para estranhos./ Cada um está sempre ocupado com isso, nenhum deles desta forma jamais quer saber disso e cada um se parece com algum outro e eles vêem isso. É muito importante para mim saber disso, sempre ver isso quem se parece com outros e dizer isso. Escrevo para mim e para estranhos. Faço isto para mim e para aqueles que sabem que eu sei disso que eles se parecem com os outros, que eles estão separados e no entanto se repetem. Há alguns que gostam disso que eu saiba que são como muitos outros e repetem isso, há muitos que nunca poderão de fato gostar disso./ Há muitos que conheço e eles sabem disso. Estão todos repetindo e eu ouço isso. Adoro isso e digo isso, adoro isso e agora escrevo isso. Isto é agora a história de como alguns deles são isso.