"O fundo da arte, com efeito, é uma espécie de alegria, sendo mesmo este o propósito da arte. Não se pode ter uma obra trágica, pois há necessariamente uma alegria em criar: a arte é forçosamente uma libertação que leva tudo a explodir, começando pelo trágico. Não, não há criação triste, há sempre uma vis comica. Nietzsche dizia: “o herói trágico é alegre". " (Deleuze, Ilha deserta, p. 174)
Monday, January 19, 2009
Escrevo sobre cenas de palhaço e a arte dessas criaturas. arte: trazer concomitância a dois aparentes opostos: ideal e real, morte e desejo.palhaço - é quando junta o cômico com o trágico - realiza a arte - sensação de alegria extrema!
"O fundo da arte, com efeito, é uma espécie de alegria, sendo mesmo este o propósito da arte. Não se pode ter uma obra trágica, pois há necessariamente uma alegria em criar: a arte é forçosamente uma libertação que leva tudo a explodir, começando pelo trágico. Não, não há criação triste, há sempre uma vis comica. Nietzsche dizia: “o herói trágico é alegre". " (Deleuze, Ilha deserta, p. 174)
"O fundo da arte, com efeito, é uma espécie de alegria, sendo mesmo este o propósito da arte. Não se pode ter uma obra trágica, pois há necessariamente uma alegria em criar: a arte é forçosamente uma libertação que leva tudo a explodir, começando pelo trágico. Não, não há criação triste, há sempre uma vis comica. Nietzsche dizia: “o herói trágico é alegre". " (Deleuze, Ilha deserta, p. 174)
Saturday, January 17, 2009
Inventário
Espetáculo assistido no sesc paulista, dia 16/01/2009.
cenas para pensar:
- o choro da palhaça com a cabeça enfiada no travesseiro (e a música "tristeza por favor vá embora, minha alma que chora...");
- o despachamento da palhaça Nena, que chega chegando (e da atriz também);
- a confissao da Leonora: eu nao sou palhaça, sou atriz cômica...
- Leonora: "Porque comigo nao tem essa coisa de lúdico não."
- Leonora e o momento da oração.
cenas para pensar:
- o choro da palhaça com a cabeça enfiada no travesseiro (e a música "tristeza por favor vá embora, minha alma que chora...");
- o despachamento da palhaça Nena, que chega chegando (e da atriz também);
- a confissao da Leonora: eu nao sou palhaça, sou atriz cômica...
- Leonora: "Porque comigo nao tem essa coisa de lúdico não."
- Leonora e o momento da oração.
Proust - um amor de swann;
Conversas com Woody Allen;
Deleuze - Proust e os Signos;
Beckett - Proust.
Para entender a arte do palhaço.
Conversas com Woody Allen;
Deleuze - Proust e os Signos;
Beckett - Proust.
Para entender a arte do palhaço.
Monday, January 12, 2009
www.avnertheeccentric.com
Os Princípios do Palhaço
Translated from English by Hélvia Faria
©2005 Avner Eisenberg
A função do palhaço é a de fazer público sentir emoções e respirar.
Todos inspiram, mas muitos de nós devem ser lembrados de expirar.
A imaginação e o cérebro estão conectados ao corpo e o afetam. Qualquer alteração na mente provoca uma mudança no corpo. Qualquer alteração no corpo, na respiração primeiramente, causa uma mudança correspondente na mente.
Não diga ou mostre ao público o que pensar, fazer ou sentir.
Não diga ou mostre aos seus parceiros o que pensar, fazer ou sentir. Não aponte.
O peso pertence ao lado debaixo. Mantenha um único ponto na parte inferior do abdômen. Mantenha sua energia fluindo.
A tensão é sua inimiga. Ela produz dormência emocional, mental e física.
O que você pensa a respeito da sua performance é o que conta, não se ela é realmente boa ou ruim.
O palhaço descobre que está sentado, olhando para um espaço vazio e esperando por um show. Deve-se lidar com isso estabelecendo-se cumplicidade com o público.
O palhaço cria um mundo no espaço vazio, ao invés de entrar num mundo que já existe (esquete).
Usar mímica para criar fantasia, não para recriar a realidade.
O palhaço procura criar um jogo e definir as regras, as quais a partir de então deverão ser obedecidas.
Não peça ou diga ao público como se sentir ou pensar. Tenha uma experiência emocional e convide o público a se juntar à sua reação.
É essencial ser interessado, não interessante.
Você tem que respirar durante toda a sua vida, mesmo no palco.
O palhaço entra no palco para fazer um trabalho, não para provocar risos. Se houver risos, eles serão interrupções com as quais deverá lidar.
Translated from English by Hélvia Faria
©2005 Avner Eisenberg
A função do palhaço é a de fazer público sentir emoções e respirar.
Todos inspiram, mas muitos de nós devem ser lembrados de expirar.
A imaginação e o cérebro estão conectados ao corpo e o afetam. Qualquer alteração na mente provoca uma mudança no corpo. Qualquer alteração no corpo, na respiração primeiramente, causa uma mudança correspondente na mente.
Não diga ou mostre ao público o que pensar, fazer ou sentir.
Não diga ou mostre aos seus parceiros o que pensar, fazer ou sentir. Não aponte.
O peso pertence ao lado debaixo. Mantenha um único ponto na parte inferior do abdômen. Mantenha sua energia fluindo.
A tensão é sua inimiga. Ela produz dormência emocional, mental e física.
O que você pensa a respeito da sua performance é o que conta, não se ela é realmente boa ou ruim.
O palhaço descobre que está sentado, olhando para um espaço vazio e esperando por um show. Deve-se lidar com isso estabelecendo-se cumplicidade com o público.
O palhaço cria um mundo no espaço vazio, ao invés de entrar num mundo que já existe (esquete).
Usar mímica para criar fantasia, não para recriar a realidade.
O palhaço procura criar um jogo e definir as regras, as quais a partir de então deverão ser obedecidas.
Não peça ou diga ao público como se sentir ou pensar. Tenha uma experiência emocional e convide o público a se juntar à sua reação.
É essencial ser interessado, não interessante.
Você tem que respirar durante toda a sua vida, mesmo no palco.
O palhaço entra no palco para fazer um trabalho, não para provocar risos. Se houver risos, eles serão interrupções com as quais deverá lidar.
Saturday, May 10, 2008
Wednesday, August 08, 2007
Sunday, August 20, 2006
DURAO, Fabio. As artes em nó. Alea. [online]. 2003, vol. 5, no. 1 [cited 2006-08-20], pp. 47-60. Available from: . ISSN 1517-106X. doi: 10.1590/S1517-106X2003000100004.
Adorno
Adorno expressa o caráter enigmático da arte de forma contundente na Teoria estética. Discutindo o antiquado conceito do belo natural, escreve: "A arte não imita a natureza, nem mesmo exemplares do belo natural (einzelnes Naturschönes), mas, de fato, o belo natural em si. Isto nomeia, para além da aporia do belo natural, a aporia da estética como um todo: Seu objeto se determina como indeterminável, negativo. Por isso a arte precisa da filosofia, que a interpreta para dizer o que ela não é capaz de dizer, enquanto que isso, no fundo, só pode ser dito pela arte ao não dizê-lo (Adorno, T. W. Ästhetische theorie. Op. cit.: 113).
Stein, Gertrude. The ma-king of Americans. New York: Harcourt, Brace & Co., 1934: 211.
Estou escrevendo para mim e para estranhos. Esta é a única forma que posso fazer isso. Todo mundo é real para mim, todo mundo é como uma outra pessoa para mim. Ninguém que conheço pode querer saber disso e então escrevo para mim e para estranhos./ Cada um está sempre ocupado com isso, nenhum deles desta forma jamais quer saber disso e cada um se parece com algum outro e eles vêem isso. É muito importante para mim saber disso, sempre ver isso quem se parece com outros e dizer isso. Escrevo para mim e para estranhos. Faço isto para mim e para aqueles que sabem que eu sei disso que eles se parecem com os outros, que eles estão separados e no entanto se repetem. Há alguns que gostam disso que eu saiba que são como muitos outros e repetem isso, há muitos que nunca poderão de fato gostar disso./ Há muitos que conheço e eles sabem disso. Estão todos repetindo e eu ouço isso. Adoro isso e digo isso, adoro isso e agora escrevo isso. Isto é agora a história de como alguns deles são isso.